Obs: Foto da minha amiga fazendo a higienização das mãos!
O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
É a
medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação
das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo
“lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior
abrangência deste procedimento. O termo engloba a higienização simples, a
higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das
mãos, que serão abordadas mais adiante.
As mãos
constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a
assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de
diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra,
por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com
objetos e superfícies contaminados.
A pele
das mãos alberga, principalmente, duas populações de microrganismos: os
pertencentes à microbiota residente e à microbiota transitória. A microbiota
residente é constituída por microrganismos de baixa virulência, como
estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções
veiculadas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das
mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele.
A
microbiota transitória coloniza a camada mais superficial da pele, o que
permite sua remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo
eliminada com mais facilidade quando se utiliza uma solução anti-séptica. É
representada, tipicamente, pelas bactérias Gram-negativas, como enterobactérias
(Ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (Ex: Pseudomonas
aeruginosa), além de fungos e vírus.
Os
patógenos hospitalares mais relevantes são: Staphylococcus aureus, Staphylococcus
epidermidis, Enterococcus spp., Pseudomonas aeruginosa,
Klebsiella spp., Enterobacter spp. e leveduras do gênero Candida.
As infecções relacionadas à assistência à saúde geralmente são causadas por
diversos microrganismos resistentes aos antimicrobianos, tais como S. aureus
e S. epidermidis, resistentes a oxacilina/meticilina; Enterococcus
spp., resistentes a vancomicina; Enterobacteriaceae, resistentes a
cefalosporinas de 3a geração e Pseudomonas
aeruginosa, resistentes a carbapenêmicos.
As taxas
de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são maiores em
Unidades de Terapia Intensiva (UTI), devido a vários fatores: maior volume de
trabalho, presença de pacientes graves, tempo de internação prolongado, maior
quantidade de procedimentos invasivos e maior uso de antimicrobianos.
A
higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:
• Remoção
de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da
pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato;
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.
Devem
higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde,
que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na
manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado
COMO FAZER? QUANDO FAZER?
As mãos
dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas
utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico.
A
utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo:
USO DE ÁGUA E SABÃO
Indicação:
Quando as
mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos
corporais.
- Ao iniciar o turno de trabalho.
- Após ir ao banheiro.
- Antes e depois das refeições.
- Antes de preparo de alimentos.
- Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
- Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.
USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA
Indicação
Higienizar
as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas,
em todas as situações descritas a seguir:
Antes de
contato com o paciente
Objetivo:
proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das
mãos do profissional de saúde.
Exemplos:
exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura
corporal); contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene
corporal); e gestos de cortesia e conforto.
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